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Uma pesquisa da desenvolvedora de softwares IFS aponta que 17% das empresas globais de energia e utilities concluíram suas jornadas de transformação digital, elencando como um dos motivos a falta de confiança dos executivos de que serão capazes de medir ou definir KPIs (Indicadores-Chave de Desempenho, em português) significativos. Segundo o levantamento, quase oito em cada dez tomadores de decisão (79%) desses setores relatam ser importante que o software empresarial dê a capacidade de definir e medir os indicadores críticos.

Outro destaque é que quase três em cada dez dos entrevistados afirmaram que o principal inibidor de negócios para a implementação de sistemas de software corporativo é a incapacidade de medir o valor do investimento durante a jornada de transformação digital. Os setores também estão sujeitos a uma série de desafios: falta de clareza sobre os recursos e habilidades necessárias (indicada por 26% dos entrevistados) aparece como a maior barreira e 22% dizem que é falta de habilidades e conhecimento. Com tais deficiências em habilidades e confiança, 24% respondeu não haver consenso sobre as prioridades dentro da equipe de liderança.

O Energy and Utilities Research IFS também mostra 19% dos entrevistados citando um caso de negócios ruim, fazendo com que uma proposta pareça cara. Em relação as soluções inovadoras, a maioria dos tomadores de decisão em energia global e concessionárias desejam implantar data analytics (72%), Inteligência Artificial (68%), Realidade Aumentada (67%), tecnologias de Internet das Coisas (69%), assistentes virtuais (70%) e Chatbots (68%).

Um total de 38% acha que a transformação digital terá o maior impacto na energia sustentável, 37% na criação de novos modelos de negócios; 35% estratégia de gestão de ativos; 36% estratégia de experiência do cliente; 34% de otimização de recursos. “Dá para perceber que os entrevistados entendem o que é possível alcançar no gerenciamento de ativos, já que 74% dizem ser importante que uma solução avançada de gerenciamento de ativos ofereça manutenção aprimorada, passando da programada para preditiva”, explica o presidente da IFS para a América Latina, Lávio Falcão.

Outro dado interessante é que, dos entrevistados que trabalham com Saneamento, apenas 50% estão interessados em análises e IA, em comparação com 84% no setor de Energias Renováveis. Já no Gás Natural 65% veem a IoT como importante, contra 95% nas Renováveis. No entanto, quanto ao foco dessas tecnologias emergentes, apenas 20% fará implementações para melhorar a experiência do cliente; 19% para aumentar a produtividade e eficiência da força de trabalho e apenas 16% se veem usando essas soluções avançadas para tomadas de decisão baseadas em dados.

De acordo com o estudo, 57% das companhias afirmam desejar uma plataforma combinável para impulsionar sua transformação digital. Por outro lado 65% dessas organizações também pretendem abordar os projetos de digitalização com uma função de cada vez, abrangendo desde finanças de back-office e RH até gerenciamento de ativos, atendimento ao cliente e design de produtos. “As evidências da pesquisa mostram que as organizações conhecem o papel crítico do gerenciamento avançado de ativos e reconhecem que isso melhorará a manutenção e os permitirá mudar para modelos preditivos”, aponta Falcão.

Por fim, outro ponto abordado na pesquisa é que existem diferenças dentro do setor elétrico, com as empresas de gás natural sendo mais propensas a afirmarem que estão iniciando sua jornada de transformação digital com funções de design e entrega de serviços/produtos (26%).